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Internet das Coisas

A Estratégia Digital Brasileira

acoes-gk | 21 fevereiro 2018

Internet das Coisas

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A tecnologia conhecida como Internet das Coisas (IoT) está se tornando cada vez mais popular mundialmente. E no Brasil não é diferente. Em 2017, foi possível acompanhar a evolução das conexões entre máquinas, que passaram a ser adotadas em grandes empresas brasileiras, como bancos, operadoras de telefonia e, principalmente, varejistas. De acordo com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), o Brasil fechou o mês de outubro de 2017 com 14,8 milhões de conexões máquina a máquina, usadas em diversas aplicações. Isso representa um crescimento de 20,1% quando comparado com o mesmo período do ano anterior.

No dia 12 de dezembro de 2016, o ministro Gilberto Kassab esteve no Rio de Janeiro onde assinou um acordo de Cooperação Institucional para desenvolver a “Internet das Coisas” no Brasil. O estudo, financiado pelo BNDES, vai subsidiar um Plano Nacional de IoT (sigla do inglês Internet of Things), a princípio durante cinco anos (2017 a 2022), para diagnóstico e proposta de políticas públicas, e desenvolvimento da nova tecnologia, considerando inovação, benefícios e impactos para a sociedade.

“É uma transformação muito radical que passa a acontecer na humanidade com a Internet, em especial, com a ‘Internet das Coisas’ afetando a vida cotidiana de todos nós.”

Segundo Kassab, a nova tecnologia irá causar transformações no país, tanto do ponto de vista público, de governança, como do ponto de vista privado, entre as empresas e nas relações institucionais do país. “É uma transformação muito radical que passa a acontecer na humanidade com a Internet, em especial, com a ‘Internet das Coisas’ afetando a vida cotidiana de todos nós, alterando as ações governamentais vinculadas à eficiência com as questões mais simples às mais complexas”, explicou o ministro.

Estratégia Digital Brasileira

A Secretaria de Política de Informática coordena o Grupo de Trabalho Interministerial, que, desde 9 de março de 2017, discute as diretrizes para impulsionar a economia cibernética e as bases da Estratégia Digital Brasileira. O decreto que institui a Estratégia Brasileira para a Transformação Digital (E-Digital) e cria o Comitê Interministerial para a Transformação Digital foi assinado pelo presidente Michel Temer em 21 de março de 2018, durante a 47ª Reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), no Palácio do Planalto. Um dos itens de destaque da EDB é o Plano Nacional de Internet das Coisas.

O estudo elaborado a pedido do MCTIC e BNDES identificou quatro ambientes prioritários onde a tecnologia de conexão de máquinas e objetos tem um grande potencial de uso: Cidades, Saúde, Agronegócio e Indústria. No caso das Cidades, o objetivo é elevar a qualidade de vida por meio da adoção de tecnologias e práticas que viabilizem a gestão integrada dos serviços para o cidadão e a melhoria da mobilidade, da segurança pública e da gestão dos recursos (energia, esgoto e resíduos). Já em Saúde, o desenvolvimento do setor de IoT deve contribuir para ampliar o acesso da população aos serviços de saúde de qualidade por meio da descentralização da atenção à saúde, da integração das informações dos pacientes e da melhoria de eficiência das unidades de saúde. No Agronegócio, a expectativa é aumentar a produtividade e a relevância do Brasil no comércio mundial de produtos agropecuários, com elevada qualidade e sustentabilidade socioambiental, além de posicionar o país como o maior exportador de soluções de IoT para agropecuária tropical.

“Inúmeras aplicações já existentes, como nos transportes, rastreamento de frotas, segurança ou controle de acordos climáticos, trazem evidências de que a Internet das Coisas irá impactar cada vez mais as organizações e a sociedade”.

O mercado de Internet das Coisas, que será potencializado com a utilização do 5G, deve alcançar receitas de US$ 3,29 bilhões, ou R$ 10 bilhões, em 2021, segundo dados divulgados no estudo “O Mercado industrial brasileiro de Internet das Coisas, Cenário para 2021”, realizado pela Frost & Sullivan. No ano passado, no Brasil, o mercado de IoT no Brasil atingiu uma receita de US$ 1.346,2 milhões, ou R$ 4,3 milhões, sendo a indústria automotiva e as manufaturas verticais as mais relevantes.