Ícone de carregamento
Carregando...

Entrevista

‘A prioridade é ter candidatura própria à Presidência da República’

O presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, participou no domingo do programa Canal Livre, da Bandeirantes, e reafirmou que o partido se consolidou no centro e tem nomes de peso para concorrer

arquivos | 07 dezembro 2020

‘A prioridade é ter candidatura própria à Presidência da República’

FacebookTwitterWhatsApp

A politização da pandemia do novo coronavírus e as eleições presidenciais de 2022 foram dois dos temas tratados pelo presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, em sua participação no Canal Livre, programa da Rede Bandeirantes apresentado por Rodolfo Schneider com a participação dos jornalistas Fernando Mitre e Eduardo Oinegue. Na entrevista, que foi ao ar na noite de domingo (6), Kassab afirmou que a prioridade da legenda é estabelecer candidatura própria para as eleições presidenciais de 2022.

https://youtu.be/LlwSEJM-14g

 

“O PSD se consolidou como partido de centro e hoje é um grande partido com importantes quadros. Então, não pode ter outra prioridade a não ser candidatura própria à presidência”, disse Kassab. Entre os nomes do partido para disputar a eleição, ele citou o senador Antonio Anastasia (MG), o governador do Paraná, Ratinho Júnior, o deputado federal Fábio Trad (MS) e o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil.

Kassab também criticou a “politização” da vacina contra a covid-19. “Não nos leva a lugar algum. Não é possível que se faça política com algo tão grave. Espero que o Brasil possa começar a vacinação nas próximas semanas, assim como outros países”, afirmou.

Na sua análise, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) continua como favorito à reeleição. “Ele tem eleitor ideologicamente afinado com ele, realizações do governo e o eleitor que rejeita a esquerda, mas tem dois anos pela frente que não pode escorregar”, analisou.

Sobre a possibilidade de o presidente migrar para o PSD, Kassab argumentou que Bolsonaro é um político de direita e o PSD de centro. “Não podemos mudar isso. Podemos até apoiar um candidato de direita, de centro-direita, de centro-esquerda, mas jamais podemos ter a cara de um partido de direita. A vinda dele (Bolsonaro) desbalançaria esse equilíbrio interno que há no partido”, alegou.

Ainda sobre Bolsonaro, Kassab disse que a derrota eleitoral do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, serve como um recado para avaliação do presidente brasileiro. “A derrota do Trump está totalmente vinculada ao desastre da conduta dele na gestão da pandemia. Isso serve para Bolsonaro avaliar bem, porque até então estava alinhado em uma política de comunicação incoerente com a realidade”, afirmou mencionando o fato de o presidente ter comparado a doença a uma “gripezinha”.

De acordo com o presidente do PSD, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), saiu fortalecido para o pleito. Para Kassab, as eleições municipais de 2020 sinalizaram que o “eleitor continua preferindo propostas moderadas”. Segundo ele, “o eleitor brasileiro sempre se posicionou a favor de candidatos moderados, equilibrados, de candidaturas de centro”.