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Eleições 2018

Onze Perguntas para Gilberto Kassab

Em entrevista à revista Época, o ministro Gilberto Kassab responde 11 perguntas relacionadas ao atual cenário político-eleitoral e os prognósticos para o pleito de 2018. Sobre o fato de ter sido ministro de vários governos, Kassab esclarece: "não tenho a menor preocupação em ocupar algum cargo público. Eu gosto da vida pública, faço por vocação e, qualquer que seja a posição do partido que seja definida para eu ocupar, vou ocupar com a maior satisfação".

arquivos | 02 maio 2018

Onze Perguntas para Gilberto Kassab

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Fundador do PSD, Gilberto Kassab, de 57 anos, é dono do maior ministério do governo Temer — ao menos no nome. Ocupa a pasta da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações. Nas próximas eleições, ele vai de Alckmin em vez de Temer.

1. Qual a diferença em servir três líderes tão antagônicos como Serra, Dilma e Temer?
Não foi servir essas pessoas, foi servir o país. No caso do Serra, foi servir a cidade, foi servir o estado. A questão é você fazer entendimentos, alianças, e não servir.

2. O senhor já foi ministro de vários governos. Em 2018, o senhor espera ser ministro de quem?
Não tenho a menor preocupação em ocupar algum cargo público. Eu gosto da vida pública, faço por vocação e, qualquer que seja a posição do partido que seja definida para eu ocupar, vou ocupar com a maior satisfação.

3. Em 2011, o senhor disse que o PSD não era um partido de esquerda nem de centro nem de direita. E hoje?
Parece brincadeira, mas essa frase é atribuída a “n” líderes políticos, em vários cantos do mundo, nos dias de hoje. Naquele momento, a frase tinha como tradução que o partido não estava pronto. Estavam vindo líderes de todos os cantos do país e estávamos construindo nosso programa. Eu defendia que o partido fosse de centro, mas havia alguns que defendiam que fosse de centro-esquerda, centro-direita. Portanto, ainda não havia uma definição. Hoje, passados alguns anos, o mundo trabalha cada vez mais para identificar os partidos como o da eficiência, da não eficiência, da transparência, da não transparência. Mudaram um pouco as bandeiras e as avaliações em relação aos partidos.

4. Onde o senhor quer ver Michel Temer em 1º de janeiro de 2019?
Olha, espero que ele tenha feito o melhor governo possível e que ele possa… Evidentemente, sou ministro e tenho de entender que ele pode ser candidato a presidente. Ele tem, portanto, o direito de escolher seu caminho. E que ele seja feliz no caminho que escolher.

5. Faça uma aposta nomeando alguém para 2018 e justifique.
Acredito que o Geraldo Alckmin tem todas as condições para se eleger presidente da República.

6. O PSD apoia Alckmin?
Sou presidente nacional do PSD. Licenciado, mas sou o presidente nacional. Sou também ministro do presidente Temer, portanto, qualquer manifestação minha tem de ser feita com muito cuidado. Primeiro, preciso mostrar respeito a um presidente que poderá eventualmente ser candidato, e não posso aqui dizer que ele não tem esse direito. Em relação ao governador Geraldo Alckmin, o que tenho dito é que existe um sentimento majoritário no partido de entender que ele tem as qualidades para ser presidente. Em relação a meu partido, neste momento em que as consultas não acabaram, me manifestar seria indevido. Nós temos uma pessoa que se apresenta como pré-candidata e tem todo o direito (de fazê-lo), que é o Afif, e temos as consultas que estão sendo feitas. No entanto, se eu não disser que existe um favoritismo em relação ao Alckmin, estarei faltando com a verdade aos companheiros que estão sendo consultados.

7. Onde o senhor quer ver o Lula em 1º de janeiro de 2019?
Eu quero ver o país pacificado. Que a gente possa, até o fim deste ano e o início do ano que vem, ter todas as nossas divergências dissipadas e o país, em especial os partidos políticos, com mais paz, para que possamos construir um Brasil mais preocupado com políticas públicas e não este Fla-Flu que tem hoje, de quem é melhor, quem é pior, quem fez malfeitos, quem não fez.

8. Alvos da Lava Jato não deveriam estar fora ou longe da política?
Os condenados. Quem não foi condenado tem todo o direito de se defender.

9. O senhor acha correto João Doria (PSDB) ter deixado a prefeitura de São Paulo para concorrer ao governo, apesar de ter prometido que não o faria?
O Doria foi um bom prefeito à frente da cidade de São Paulo. Em seus 15 meses de gestão, ele deixou boas políticas públicas. Hoje, ele pode dizer: “Eu fiz uma boa gestão em 15 meses da prefeitura de São Paulo”. E as pessoas que o defendem e defendem sua candidatura, como eu, podem dizer que ele já passou como gestor.

10. Qual foi a última pessoa que o senhor bloqueou no WhatsApp?
Não bloqueio (risos).

11. Qual foi a pessoa mais chata que o senhor conheceu recentemente?
​Nossa Senhora…

 

Fonte: Revista Época