Governo
Para Kassab, restrições orçamentárias não impediram avanços
Em reunião com empresários, o ministro citou o lançamento do satélite SGDC e a entrega da primeira etapa do Sirius como exemplos.
noticias | 23 novembro 2018
O lançamento do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações (SGDC) e a inauguração do Sirius, o novo acelerador de partículas instalado em Campinas (SP), foram citados pelo ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, como iniciativas que comprovam a possibilidade de avançar mesmo em tempos de crise. Kassab participou nesta sexta-feira (23), em São Paulo, de reunião do Comitê de Líderes da Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI), onde destacou conquistas de sua gestão. “Pelas dificuldades orçamentárias, tivemos de definir focos importantes que pudessem ser estruturantes para a pesquisa, a ciência e a inovação no país.”
O ministro afirmou que o lançamento do SGDC é o início do programa satelital brasileiro e permitirá avanços nas áreas de educação, saúde e segurança e na qualidade de vida das pessoas. “Em momentos de dificuldades, conseguimos R$ 3 bilhões para que pudéssemos lançar o primeiro satélite brasileiro. Não houve um dia de atraso e, com isso, vamos levar banda larga e internet para todos os cantos do país.”
Segundo Kassab, outro foco de atuação do MCTIC foi a implantação do Sirius, novo acelerador de partículas, que é a maior e mais complexa infraestrutura científica já construída no país. “O laboratório estará operando a partir de maio de 2019 e será um legado importante para a sociedade brasileira.”
O ministro destacou também a construção da Estação Antártica Comandante Ferraz, destruída por um incêndio, e o pagamento das bolsas do CNPq.
No setor de comunicações, Kassab lembrou o processo de implantação da TV digital. “Mais de 100 milhões de brasileiros já foram beneficiados e até 2023 esse processo estará concluído. Uma transformação na vida das pessoas que têm na televisão sua principal forma de entretenimento, às vezes o único.”
No evento com lideranças empresariais, o secretário de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do MCTIC, Maximiliano Martinhão, lembrou a recente regulamentação na Lei de Informática, que permite à indústria utilizar recursos para desenvolver startups. “Esse mecanismo permitirá às empresas estabeleceram até R$ 800 milhões por ano para empreendedorismo na área de informática.”
Martinhão disse ainda que está aberta uma consulta pública que permite a utilização de benefícios da Lei do Bem para a contratação de startups para o desenvolvimento de tecnologias e a implementação da indústria 4.0. Além disso, o projeto Centelha conseguiu a participação de 21 estados, com a expectativa de gerar 10 mil ideias inovadoras por 400 startups no próximo ano de 2019.
Lançada em 2008, a MEI é um movimento criado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) para estimular a inovação dentro das empresas brasileiras e ampliar a efetividade das políticas de apoio à inovação por meio da interlocução entre os setores público e privado. O comitê é constituído por lideranças que se reúnem periodicamente com representantes do governo federal para definir caminhos que potencializem a inovação no setor empresarial brasileiro.
Ainda nesta sexta, MCTIC, Ministério da Saúde e Ministério da Educação autorizaram o repasse de R$ 116 milhões para a Associação Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii), com o objetivo de estimular a inovação.
Fonte: PSD Nacional