O presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, oficializou nesta 4ª feira (24.nov.2021) o convite para o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (MG), ser o candidato à Presidência da sigla em 2022. O senador ainda não confirmou sua candidatura, mas discursou como pré-candidato ao Palácio do Planalto.

“Em relação às eleições de 2022, eu repito, estarei de corpo, alma, mente e coração à serviço do partido e a serviço do Brasil“, afirmou. “O Brasil nesse instante não precisa de candidato à Presidência à República, como muitos estão se apresentando. O Brasil precisa de homens mulheres cientes de suas próprias responsabilidades neste ano de 2021, para enfrentar os problemas reais.“

O anúncio foi dado no encontro nacional da sigla, em Brasília, nesta 4ª feira (24.nov). Reuniu os principais líderes da sigla em todos os Estados, além de senadores e deputados federais.

Pacheco afirmou que a candidatura precisa ser uma construção dentro do partido, que irá ocorrer com o tempo. “Fico muito feliz de o partido me ver como alguém que mereça essa confiança“, disse. “No momento oportuno, nós tomaremos uma decisão definitiva.”

Depois do discurso de Pacheco, em coletiva de imprensa, Kassab indicou que a candidatura já está quase certa. “Mineiro, para ter falado como ele falou, é candidatíssimo“, disse.

Pacheco recebeu o apoio de todos os políticos presentes no encontro. Seu nome foi indicado como uma alternativa à Lula (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), indicados como dois “extremos“.

“Estamos vivendo no Brasil hoje diversos problemas que seriam evitáveis“, afirmou Pacheco. “O que nós estamos vivendo no Brasil hoje é um radicalismo que está acabando com o país e que precisamos conter.”

Pacheco afirmou que a solução é com a política, ouvindo todas as vertentes e com diálogo. Ele defendeu um “planejamento de nação“, com “política de ‘p’ maiúsculo“, que seria a construção de soluções.

O presidente do Senado citou então o ex-presidente Juscelino Kubitschek e a construção de Brasília. “Um presidente que pensou muito a frente de seu tempo.” Segundo Pacheco, Juscelino e Tancredo Neves são suas inspirações.

Sem citar Bolsonaro, Pacheco criticou os ataques ao STF (Supremo Tribunal Federal) e ao Congresso Nacional. Também criticou a polarização política e defendeu o diálogo entre diferentes partidos e ideologias. “2022 será um ano eleitoral. Todos nós queremos que as eleições aconteçam e elas acontecerão, embora alguns tenham até sugerido que não houvesse eleições no Brasil.”

As propostas do partido foram indicadas no “Manifesto de Brasília”, lançado nesta 4ª feira (24.nov). Entre os principais objetivos do PSD para 2022 está o lançamento de uma candidatura própria à Presidência da República, a ampliação da bancada na Câmara dos Deputados e no Senado e a defesa de um Estado mínimo com “prioridades sociais”, a preservação do meio ambiente e a defesa da liberdade de expressão, opinião e o direito à “informação verdadeira”.

Leia aqui  a íntegra do “Manifesto de Brasília”

DATENA

O jornalista e apresentador de televisão José Luiz Datena, que deveria filiar-se ao PSD nesta 4ª feira (24.nov), decidiu adiar filiação depois de Geraldo Alckmin (PSDB) ser especulado como vice do ex-presidente Lula nas eleições de 2022.

A ideia inicial era que Datena saísse candidato ao Senado em São Paulo. Alckmin seria candidato ao governo, possivelmente com Marcio França (PSB) como vice. Agora, seu futuro na sigla está incerto.

Datena enviou um vídeo para o encontro do PSD. “Não é o momento para polarização estúpida nem esse ódio que divide o país“, disse. O apresentador não comentou sobre sua filiação.

Kassab afirmou que a filiação continua de pé. “Na mensagem ele mesmo disse que está pensando em se filiar ao PSD. Para nós é um momento de muito orgulho, até porque quando ele se filiar nós vamos fazer uma grande festa“.

Fonte: PODER 360

Por Gabriela Soares  / Foto de Sérgio Lima – Poder360