Homenagem
Kassab lança selo em homenagem ao projeto Sirius
No último ato de sua gestão, ministro rendeu homenagem ao principal projeto da ciência brasileira. Instalações do equipamento também receberam um novo repasse de R$ 70 milhões.
noticias | 29 dezembro 2018
No último ato de sua gestão à frente do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), Gilberto Kassab rendeu homenagem ao principal projeto da ciência brasileira, o acelerador de partículas Sirius. Ele visitou as instalações do equipamento, que recebeu um novo repasse de R$ 70 milhões – a primeira fase do projeto foi inaugurada em novembro deste ano.
Além disso, acompanhado do físico e diretor-geral do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), Antonio José Roque, cientistas e autoridades, Kassab participou da cerimônia de obliteração de um selo comemorativo ao Sirius. O selo lançado pelos Correios celebra o lançamento do acelerador de luz síncrotron e está pronto para ser distribuído pela empresa pública.
“Este selo coroa um tempo de comemoração de algo muito importante e um trabalho em equipe, que, sem dúvida, se tornou possível graças à gestão do ministro Kassab”, disse Roque.
O dirigente do CNPEM lembrou a luta por recursos para execução do projeto – quando a atual gestão foi iniciada, a obra estava em fase de terraplanagem e com cerca de 15% de execução.
O Sirius coloca o Brasil na fronteira do conhecimento ao abrir novas perspectivas em áreas como ciência dos materiais, nanotecnologia, biotecnologia, física e ciências ambientais, além de contribuir para a internacionalização da ciência brasileira por meio do aumento da presença de pesquisadores estrangeiros entre os usuários.
A infraestrutura é um grande laboratório multipropósito, aberto à comunidade científica brasileira e internacional. Ele está abrigado em um edifício de 68 mil quadrados de área construída e o acelerador principal tem 520 metros de circunferência, com capacidade para comportar 40 linhas de luz (ou estações experimentais). Sua estrutura foi projetada para atender a padrões de estabilidade mecânica e térmica sem precedentes.
Ao todo, o MCTIC já investiu mais de R$ 1,1 bilhão no projeto. O projeto Sirius, como um todo, está orçado em cerca de R$ 1,8 bilhão.
“Quando iniciamos a gestão, em maio de 2016, definimos que o Sirius seria prioridade absoluta. O projeto mais caro, mas também o mais importante para a ciência brasileira”, destacou Gilberto Kassab.
Despedindo-se do cargo no MCTIC, ele voltou a defender a luta por recursos para a pesquisa, desafio permanente da comunidade científica. “Não há outro caminho para o Brasil, se não o investimento em pesquisa, em ciência e em inovação”, afirmou.
O ministro também lembrou o papel do presidente do Conselho de Administração do CNPEM, Rogério Cézar de Cerqueira Leite, um dos principais cientistas brasileiros.
Também participaram da cerimônia o reitor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Marcelo Knobel, pesquisadores, conselheiros do CNPEM e lideranças políticas e empresariais.
Obliteração
A obliteração do selo é o lançamento da peça filatélica. A cada ano, os Correios lançam sete edições diferentes. A escolha pelo Sirius se dá pelo alcance do projeto e a distribuição dos selos com a arte do acelerador pode ajudar a reforçar sua imagem junto à população, como explicou o ex-presidente dos Correios, Guilherme Campos, já que ainda são entregues 25 milhões de correspondências ao dia. Campos participou da cerimônia.
CTI Renato Archer
No ato, também foi empossado o novo diretor do Centro de Tecnologia da Informação (CTI) Renato Archer. O engenheiro Jorge Vicente Lopes da Silva afirmou que trabalhará em sua gestão com foco em setores como manufatura avançada e indústria 4.0. Gilberto Kassab ressaltou que a escolha do pesquisador se deu por meio de um comitê de buscas constituído na entidade.
Fonte: MCTIC