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Reator Multipropósito Brasileiro

Reator vai ampliar acesso da população à medicina nuclear

Cerimônia lança pedra fundamental para construção do Reator Multipropósito Brasileiro. Para Kassab, este é um importante passo no desenvolvimento científico e tecnológico do Brasil.

noticias | 11 junho 2018

Reator vai ampliar acesso da população à medicina nuclear

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O ministro Gilberto Kassab participou nesta sexta-feira, 8 de junho, da cerimônia de lançamento da pedra fundamental para a construção do RMB, em Iperó (SP). Em sua fala, Kassab avaliou que a construção do Reator Multipropósito Brasileiro (RMB) vai aumentar a produção de radioisótopos e ampliar a capacidade de atendimento da medicina nuclear no país. Além disso, significa um importante passo no desenvolvimento científico e tecnológico do Brasil.

“São recursos expressivos, que vão possibilitar o fechamento desse projeto. Vamos avançar muito em pesquisa nuclear e na produção de insumos para a saúde. O valor desse projeto representa tudo isso e, certamente, é um projeto fundamental para o país”, disse o ministro. No total, o RMB deve receber US$ 500 milhões em investimentos.

Durante a cerimônia, foi anunciado um aporte de R$ 750 milhões ao projeto, via Ministério da Saúde, montante que será diluído até 2022. Destes, R$ 30 milhões serão repassados ainda neste ano.

Reator Multipropósito Brasileiro

O RMB é um reator nuclear de pesquisa e produção de radioisótopos – elementos ativos dos radiofármacos, usados no diagnóstico e tratamento de câncer e outras doenças. Com a construção do equipamento, o país terá autonomia na produção de radioisótopos e poderá ampliar a capacidade nacional em pesquisa de técnicas nucleares, além de gerar recursos econômicos para o governo federal. As aplicações também serão estendidas à agricultura, indústria e meio ambiente. Além disso, o reator servirá para testar e qualificar materiais e combustíveis nucleares e também poderá ser utilizado em agricultura, indústria e meio ambiente.

Atualmente, o Brasil gasta mais de US$ 15 milhões na importação de radioisótopos. Por ano, são realizados quase 2 milhões de procedimentos de medicina nuclear, e o Sistema Único de Saúde (SUS) corresponde a 25% da demanda nacional. Com o RMB, o país vai suprir os gastos com importações e terá a capacidade de duplicar a quantidade de radiofármacos ofertados à sociedade.

O complexo em que o RMB será instalado terá, além do reator nuclear de pesquisa, um conjunto de laboratórios. Essa infraestrutura será a base para um grande centro nacional de pesquisa de aplicações de radiação para benefício da sociedade.

A Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), agência ligada ao MCTIC, está à frente do empreendimento.

Fonte: MCTIC